H.D. (1886-1961) nasce Hilda Doolittle em Bethlehem, no estado da Pensilvânia. Vive uma vida turbulenta, marcada pela relação platónica com Pound (que cria o termo «Imagista» para descrever a sua poesia), os poucos meses de análise e confidências com Freud, pelo amor de Bryher, que a salva quando  dá à luz a única filha, e pelo trauma da I Guerra Mundial. Após o nascimento da filha começa a ter visões místicas que passará o resto da vida a tentar decifrar na sua obra – desde o início turvo e iniciático desse caderno intitulado «Notas Sobre O Pensamento e A Visão», aos grandes poemas modernistas pelos quais é lembrada. Por entre os meandros da decifração chegamos aos deuses, à psicanálise, às alforrecas e, quem sabe, à difícil ordenação de ideias por parte de quem é susceptível de receber os mais ínfimos sinais do mundo.

Hilda was the sixth child and the only daughter to survive in the professor’s large family. Always feeling “different” as the only girl among five brothers, H.D. remembered asking, “Why was it always a girl who had died?”

“A perfect medium has at last been granted us. Let us be worthy of it. … Light is our friend and our god.”